4 de julho de 2007
BNDES financia PCH Canoa Quebrada e Garganta da Jararaca com R$ 166,7 milhões
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) financiou com R$ 166,7 milhões a construção das Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs) Canoa Quebrada e Garganta da Jararaca. As duas usinas, controladas pelo grupo Cornélio Brennand, têm, juntas, capacidade instalada de 57,3 MW e demandaram investimentos totais de R$ 265 milhões.
Canoa Quebrada está localizada no Rio Verde, na divisa dos municípios de Lucas do Rio Verde e de Sorriso, em Mato Grosso. A estrutura financeira do projeto envolve um financiamento direto do BNDES no valor de R$ 76,7 milhões correspondente a 66% do investimento total.
O principal efeito econômico-social do projeto Canoa Quebrada é o de expandir a oferta de energia em uma região com expressivo crescimento da atividade agropecuária. A construção da hidrelétrica causou baixo impacto ambiental, uma vez que o lago formado pela usina será relativamente pequeno, já que a barragem estará quase totalmente “encaixada” no leito do rio.
A PCH Garganta da Jararaca está localizada no Rio do Sangue, nos municípios de Campo Novo dos Parecis e Nova Maringá, também no Estado do Mato Grosso. O BNDES contratou financiamento direto no valor de R$ 90,6 milhões, correspondente a 77,14% dos investimentos.
O Banco já apoiou três PCHs para o grupo Cornélio Brennand. Além de Canoa Quebrada e Garganta da Jararaca, o BNDES financiou a usina Buriti, no rio Sucuriu, entre os municípios de Água Clara e Chapadão do Sul. A PCH, inaugurada em fevereiro de 2007, tem capacidade de geração de 30 MW. O apoio do Banco foi de R$ 75 milhões e os investimentos totais de R$ 116 milhões.
As três PCHs foram aprovadas no âmbito do Proinfa, o Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia Elétrica. Até junho deste ano, o Banco tinha em carteira 39 projetos de PCH do Proinfa, com capacidade de geração de 875 MW e que somam financiamentos de R$ 2,3 bilhões. Os recursos equivalem a cerca de 72% dos investimentos totais das usinas, orçados em R$ 3,2 bilhões.
A carteira do Proinfa, no BNDES, incluindo os projetos de biomassa e eólica somam capacidade de geração de energia de 1564 MW, financiamentos de R$ 3,7 bilhões e investimentos totais de R$ 5,1 bilhões.