Com garantias, BNDES dará prioridade ao setor aéreo
O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Aloizio Mercadante, afirmou nesta quinta-feira, 8, que o Banco atuará com prioridade em relação às companhias aéreas assim que for resolvida a questão da garantia para o refinanciamento. “Nós vamos encontrar um caminho para as aéreas, que são fundamentais para o Brasil”, garantiu, durante o evento da Embratur, no Rio de Janeiro, de comemoração do recorde no turismo internacional no país em 2023.
“Nós vamos equacionar. As empresas estão bem, nossa perspectiva é muito boa, mas tem um problema. Ficaram um ano com os aviões no chão (durante a pandemia), pagando equipe, pagando custo de aeroportos, pagando leasing de aeronave. E, por mais que tenha sido sólida essa recuperação, ela foi tardia, com todos os equívocos que nós vimos no passado”, disse ele.
Em conversa com jornalistas, o presidente do BNDES explicou que tanto Estados Unidos quanto países da União Europeia, que têm empresas aéreas, encontraram um caminho de refinanciamento devido ao impacto da pandemia no setor. “Nós tivemos uma boa solução com o FGI-PEAC para as micro, pequenas e médias empresas, mas não teve essa mesma solução para o setor estratégico (aéreo) para o desenvolvimento”, explicou.
Segundo Mercadante, o Ministério da Fazenda é o responsável por definir qual o instrumento e a solução para o setor e o BNDES dará prioridade assim que for resolvida a questão da garantia. “É prioridade por ser um setor estratégico, que gera renda, desenvolve o Brasil e que é fundamental para um país desse tamanho”, destacou, ressaltando o bom momento da economia, com queda na taxa de juros e crédito mais barato. “Em um momento em que o país está retomando o crescimento, o setor aéreo é vital para a economia, não só para o turismo, mas para os negócios, os empresários e as atividades produtivas.”
Recorde no turismo - O evento no Rio de Janeiro celebrou a injeção de R$ 34,5 bilhões do turismo internacional na economia brasileira em 2023, superando em 1,5% a quantia arrecadada em 2014, ano da Copa do Mundo. O valor superou a meta do Plano Nacional de Turismo, de acréscimo de 8,58% na receita internacional em 2023, com um crescimento anual de 41%. De acordo com o presidente da Embratur, Marcelo Freixo, os dados revelam que o Brasil está pronto, voltou ao roteiro do turismo internacional, e o resultado mostra a importância da iniciativa privada em conjunto com a iniciativa pública.