Nota à imprensa: JBS
Sobre as informações divulgadas a partir da delação de Joesley Batista, o BNDES reafirma que a diretoria e os empregados do Banco são os principais interessados na apuração de quaisquer eventuais fatos que tenham ocorrido em relação a suas operações e ao eventual uso do Banco por terceiros.
Por esse motivo, na terça-feira 16/5, a partir da deflagração da operação da Polícia Federal na sexta-feira 12/5, para investigar as operações do BNDES com a JBS, a presidente Maria Silvia Bastos Marques constituiu Comissão de Apuração Interna para avaliar todos os fatos relacionados às operações realizadas com a empresa. O escopo desta Comissão de Apuração Interna também abrangerá os fatos provenientes das delações premiadas divulgadas nos últimos dias. Além disso, o BNDES coopera, cotidianamente, com todas as autoridades públicas, órgãos de controle, Ministério Público e Polícia Federal.
A BNDESPAR tem hoje participação acionária de 21,3% na JBS, resultado de aportes no valor nominal de R$ 8,1 bilhões, feitos entre 2007 e 2010, e desinvestimentos no valor de R$ 2,2 bilhões, também em valores históricos, feitos entre 2012 e 2015. Em razão desta participação, a BNDESPAR encaminhou correspondência à JBS, solicitando esclarecimentos em relação a: homologação de delação premiada oferecida pelos controladores indiretos da JBS S.A. no âmbito de procedimento investigativo conduzido pelo Ministério Público Federal e pela Polícia Federal; operações de alienação de ações de emissão da companhia pelos controladores, concomitantemente a operações de compra de ações pela própria companhia; e operações recentes de câmbio realizadas pela JBS S.A. e seus controladores.
Adicionalmente à participação acionária, o Banco já teve operações diretas de financiamento com a JBS no passado, no valor total de R$ 793 milhões, que estão praticamente amortizadas. Houve ainda operações indiretas (ou seja, feitas por meio de repasses a agentes financeiros) no valor de R$ 3 bilhões, entre 2005 e 2016.