Resultados financeiros em destaque 2017 - 2º Trimestre
BNDES registra lucro líquido de R$ 1,345 bilhão no 1º semestre de 2017
Resultado - o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) registrou lucro líquido de R$ 1,345 bilhão no 1º semestre de 2017, uma recuperação diante do prejuízo líquido de R$ 2,174 bilhões no mesmo semestre de 2016, principalmente em função do resultado positivo com participações societárias.
O melhor resultado com participações societárias apresentado no 1S17 em relação ao mesmo semestre de 2016 decorreu, principalmente: (i) da redução de R$ 4,773 bilhões (92,7%) da despesa com perdas em investimentos; e (ii) dos maiores resultados com derivativos, dividendos e equivalência patrimonial.
Por outro lado, o produto de intermediação financeira apresentou redução de R$ 3,896 bilhões (31,9%) entre os semestres por conta, principalmente, da redução da rentabilidade média da carteira de tesouraria, além do efeito da queda de volume na carteira média das operações de crédito em decorrência da redução da demanda por desembolsos.
No 1S17, foi constituída provisão para risco de crédito complementar, no valor de R$ 1,048 bilhão, visando à cobertura de riscos adicionais oriundos das incertezas do cenário econômico atual - prática que passou a ser adotada pelo BNDES a partir do 3T16. Apesar do reconhecimento de provisão complementar no 1S17, a despesa com provisão se manteve no mesmo patamar do 1S16.
Ativos – o ativo do Sistema BNDES totalizou R$ 883,640 bilhões em 30/06/17, apresentando crescimento de R$ 7,503 bilhões (0,9%) no semestre, impactado pelos rendimentos das carteiras de crédito e de tesouraria; pelo aumento das disponibilidades oriundas das captações de recursos realizadas no período, especialmente do FAT e da emissão de green bonds; cujos efeitos foram parcialmente atenuados pelo crescimento da provisão para risco de crédito e pela redução da carteira de investimentos em empresas não coligadas.
A redução de R$ 27,835 bilhões (4,6%) da carteira de crédito e repasses líquida ocorreu pelo aumento de R$ 4,164 bilhões da provisão para risco de crédito e pelo fato de as liquidações das operações terem superado os desembolsos realizados no período em virtude da manutenção do cenário de retração da demanda de crédito.
Em relação ao aumento da provisão para risco de crédito, que atingiu R$ 17,113 bilhões em 30/06/17 (2,85% da carteira total), destaca-se a constituição de provisão complementar ao mínimo requerido pela Resolução CMN 2.682/99, no valor de R$ 1,408 bilhão, visando à cobertura de riscos adicionais oriundos das incertezas do cenário econômico atual.
A inadimplência (+ 30 dias) recuou de 2,81% em 31/12/16 para 2,45% em 30/06/17, e a carteira de crédito e repasses manteve a boa qualidade, uma vez que, em 30/06/17, 96,2% de suas operações estavam classificadas entre os níveis de AA e C, considerados de baixo risco. Esse percentual permanece superior ao registrado pelo Sistema Financeiro Nacional, de 89,6% em 31/03/17 (última data disponível).
A carteira de participações societárias, líquida de provisão para perdas, alcançou R$ 70,070 bilhões em 30/06/17, uma queda de 10,4% no semestre, provocada pela desvalorização, da ordem de R$ 6,863 bilhões, da carteira de participações em sociedades não coligadas, em especial das ações da Petrobras e da Eletrobras.
As disponibilidades cresceram 58,2% no semestre como consequência das liquidações das operações de crédito em montante superior aos desembolsos realizados no período em R$ 45,191 bilhões, além dos efeitos mencionados de rendimentos auferidos e das captações realizadas no período.
Captação de recursos – destaca-se, no semestre a captação de R$ 3,185 bilhões (US$ 1 bilhão) mediante a emissão de green bonds no mercado internacional.
Patrimônio Líquido - redução de R$ 5,006 bilhões (78,0%) do patrimônio líquido, reflexo do ajuste de avaliação patrimonial negativo, líquido de tributos, das carteiras de participações em sociedades não coligadas e de títulos e valores mobiliários, que alcançou R$ 4,226 bilhões no 1S17, e do pagamento de dividendos complementares relativos ao lucro líquido de 2016, no valor de R$ 2,125 bilhões, parcialmente atenuados pelo lucro líquido do semestre.
Com o pagamento de dividendos complementares ao Tesouro Nacional no 1S17, o total dos dividendos pagos ao TN relativos ao lucro de 2016 alcançaram R$ 3,643 bilhões, atingindo o limite de 60% no pagamento de dividendos ao TN, conforme previsto na Política de Dividendos do BNDES.
Limites Prudenciais – em 30/06/17, os limites prudenciais do BNDES se mantiveram acima dos limites mínimos exigidos pelo BACEN, apresentando, ainda, melhora diante de 31/12/16.
O índice de Basileia passou de 21,70% em 31/12/16 para 22,75% em 30/06/17, acima dos 10,5% exigidos pelo Banco Central. Os índices de Capital Nível I e Capital Principal também apresentaram crescimento no semestre, de 14,47% para 15,17%, acima dos 6,625% e 5,125% exigidos pelo BACEN, respectivamente.