Indústria de base


A indústria de base brasileira é fornecedora de insumos para praticamente todos os setores produtivos. As principais são a indústria de mineração, a siderúrgica, a metalúrgica e a de cimentos.

Em relação à indústria siderúrgica, a produção brasileira de aço bruto, em 2011, alcançou o patamar de 35,3 milhões de toneladas, registrando um aumento de cerca de 7,2% comparativamente ao ano de 2010, apresentando uma variação similar à média mundial, cujo aumento em relação a 2010 foi de cerca de 7,4%.

No que concerne ao consumo, segundo estimativas do Instituto Aço Brasil (IABr), o consumo aparente brasileiro estimado em 2011 foi de 25 milhões de toneladas, cerca de 4% inferior ao de 2010. Relativamente à balança comercial, as importações brasileiras de aço bruto apresentaram uma redução de cerca de 37% em relação a 2010, enquanto as exportações aumentaram em torno de 26%.

As operações aprovadas pelo BNDES para a indústria de base, em 2011, englobaram os seguintes projetos: expansão da capacidade produtiva de aços longos e planos; investimentos correntes e de modernização de siderúrgicas; implantação de unidades de produção de cimento; investimentos correntes e de modernização de unidades de produção de cobre e zinco; e inovação tecnológica, por meio do Funtec.

O total de desembolsos para a indústria de base em 2011 foi de R$ 5,52 bilhões, valor 55,5% superior ao de 2010. Na distribuição setorial, houve uma significativa mudança em relação ao ano de 2010, com a mineração passando de 31,7% para 54,1%; a siderurgia de 52,9% para 32,6%; e cimento de 15,4% para 13,4%, em valores absolutos. Enquanto os setores de siderurgia e cimento mantiveram níveis semelhantes ao do ano de 2010, a mineração representou, praticamente, todo o aumento de desembolso do segmento.

Cabe destacar o projeto da Anglo Ferrous Minas-Rio que demandou recursos do BNDES, em 2011, da ordem de R$ 1,54 bilhão, para construção de um sistema de mineração em Minas Gerais com capacidade anual de produção de 26,6 milhões de toneladas de minério de ferro, incluindo um mineroduto até o Porto do Açu, no Rio de Janeiro.

Os desembolsos sociais associados à carteira de projetos – linha de Investimento Social das Empresas (ISE) – totalizaram R$ 17,8 milhões, e as principais aplicações foram projetos de educação, cidadania, cultura, saúde e saneamento, em sua maior parte nos estados de Goiás, Minas Gerais e Rio de Janeiro.

No contexto ambiental, pode-se destacar o apoio à Usiminas no valor de R$ 74 milhões referente ao projeto de recuperação ambiental de uma área em Itaguaí (RJ), onde será instalado um novo terminal portuário do Grupo Usiminas.

No que se refere à mineração, a demanda mundial de minério de ferro, em 2011, manteve a tendência de crescimento exibida nos últimos anos. O Brasil respondeu por 325 milhões de toneladas, representando cerca de 29% do total mundial.