Microcrédito

Com o objetivo de ampliar os canais de distribuição e agilizar a concessão do apoio financeiro, iniciamos revisão de nossos instrumentos de apoio a microempreendedores formais e informais, geralmente sem acesso ao crédito no sistema financeiro tradicional. Desde 2005, desembolsamos mais de R$ 1 bilhão para o segmento, com um efeito multiplicador, na ponta, de R$ 4,5 bilhões. Os recursos permitiram a realização de 1,3 milhão de operações. Somente em 2016, apoiamos cerca de 250 mil pessoas físicas e micro e pequenas empresas.

Infraestrutura

Aprovamos 22 projetos de apoio à geração, transmissão e distribuição de energia em 2016. Os investimentos em energia elétrica renovável somaram 2.525 MW. Nossa nova política operacional inclui orientações específicas para o setor elétrico, garantindo melhores condições de financiamento para projetos de eficiência energética e energia solar. Foi realizado, em novembro de 2016, o leilão de privatização da Celg Distribuição, empresa de energia elétrica que opera em Goiás; além da segunda etapa do leilão de transmissão 13/2015, em colaboração com a Aneel. No setor de saneamento, desembolsamos R$ 700 milhões em diferentes projetos, com focos em intervenções que influenciam diretamente a qualidade de vida da população brasileira. O programa de concessões estaduais do setor de saneamento é uma agenda prioritária. Atuaremos como escritório de projetos dos governos estaduais, contratando consultorias para diagnóstico da situação, realização de estudos técnicos e proposição de modelagens adequadas. Até o fim do ano, 17 estados haviam demonstrado interesse. Já no setor de mobilidade urbana, os destaques foram projetos como o VLT e a linha 4 do Metrô no Rio de Janeiro, em função dos Jogos Olímpicos, e os metrôs da Bahia e de São Paulo.

Indústria

As incertezas políticas e econômicas continuaram afetando o desempenho da indústria brasileira em 2016. Apesar do cenário desfavorável, realizamos iniciativas relevantes, como a aprovação de elaboração de estudo técnico independente para realizar um diagnóstico e propor políticas públicas relacionadas ao tema da Internet das Coisas (IoT). O estudo será utilizado como insumo para o Plano Nacional de IoT, iniciativa a ser lançada pelo Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovação e Comunicações. Aprovamos, também em 2016, o primeiro financiamento a uma empresa do segmento de jogos eletrônicos, para desenvolvimento de jogos digitais multiplataforma. Consolidamo-nos como o principal financiador para o investimento no crédito rural no Brasil, com destaque para os setores de máquinas e implementos agrícolas, agricultura sustentável, cooperativas de produção rural e apoio à agricultura familiar. Em parceria com a Finep e o INPI, lançamos dois planos de fomento para o segmento das indústrias de base: o Plano de Apoio ao Desenvolvimento e Inovação da Indústria Química (Padiq) e o Plano de Desenvolvimento, Sustentabilidade e Inovação no Setor de Mineração e Transformação Mineral (Inova Mineral). No segmento de biocombustíveis, nosso apoio permitiu que o Brasil assumisse a liderança mundial na tecnologia de etanol de segunda geração (E2G). Em 2016, duas das plantas apoiadas passaram a produzir etanol de forma ininterrupta pela primeira vez.

Exportação

Os desembolsos de nossas linhas de apoio à exportação em 2016 mais que duplicaram em relação ao ano anterior, alcançando US$ 4,1 bilhões. Nosso apoio representou 11% das exportações totais de bens de capital no Brasil. No ano foram desembolsados US$ 2,6 bilhões em operações pré-embarque e US$ 1,5 bilhão em pós-embarque. As amortizações e juros dos financiamentos no pós-embarque a cada ano representam uma fonte estável de geração de divisas para o Brasil. Entre os projetos de destaque, está o apoio às exportações de equipamentos hidromecânicos da empresa Alstom, fabricados no Brasil e destinados à construção da Usina Hidroelétrica Ituango, localizada no departamento colombiano de Antioquia. Também continuamos nosso apoio às exportações da Embraer para a SkyWest com a contratação de duas novas operações de financiamento no montante de até US$ 1,5 bilhão, correspondente a até sessenta aeronaves modelo E-175.

Mercado de capitais

Uma de nossas prioridades tem sido a contribuição para melhorias na governança corporativa das empresas brasileiras. Nesse sentido, renovamos no último ano o acordo de cooperação técnica com o IBGC, além de realizarmos em parceria com a BM&FBovespa a reforma do Novo Mercado. Duas outras de nossas prioridades são a ênfase em energias alternativas e o fomento ao mercado de capital, que nos levaram à criação do Fundo de Energia Sustentável. Seu objetivo será investir em debêntures incentivadas de projetos de infraestrutura, prioritariamente ativos relacionados à economia de baixo carbono. Aprovamos uma resolução interna para estabelecer novas regras de acompanhamento das participações, em consonância com as recomendações do TCU e da CGU, de forma a garantir mais transparência e eficiência operacional e a demonstrar a efetividade e a eficácia das operações.