RELATÓRIO ANUAL 2014

SAIBA MAIS

The Palladium Group

Estratégia e visão de futuro

O amadurecimento das práticas de planejamento e gestão da estratégia permite a contínua melhoria da qualidade e eficiência da atuação do Banco e de seus resultados para a sociedade. Em 2014, o BNDES realizou uma ampla revisão de seus cenários considerando dois horizontes temporais: 15 e três anos. Para o de longo prazo, foram construídos cenários qualitativos e quantitativos, não probabilísticos, ancorados em modelos de consistência econômica, sobre o mundo e o Brasil, com ênfase em assuntos de interesse do BNDES. Os cenários de longo prazo inspiram e orientam o Planejamento Estratégico do Banco, cujo horizonte temporal é de três anos. Para a constituição de metas e objetivos do Planejamento Estratégico Corporativo são utilizadas projeções quantitativas para a economia mundial e para o Brasil, que, além de modelos macroeconômicos e econométricos, utilizam informações do levantamento Perspectivas do Investimento do BNDES. Tanto os cenários quanto as projeções orientam a revisão do Mapa Estratégico Corporativo (BSC), auxiliando na construção de metas e indicadores.

PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO CORPORATIVO

O Planejamento Estratégico Corporativo orienta todas as ações do Banco em quatro grandes perspectivas: Desenvolvimento Sustentável e Competitivo, Sustentabilidade Financeira, Processos Internos e Aprendizado e Competências. A primeira diz respeito à contribuição do BNDES para o desenvolvimento brasileiro, baseada nos planos de governo e no momento econômico atual. As demais perspectivas, embora também estejam articuladas com o ambiente externo, são voltadas ao desenvolvimento do BNDES e de seus produtos, processos e governança. Cada perspectiva é dividida em objetivos. A revisão do Planejamento Estratégico Corporativo para o período 2015-2017 manteve as quatro perspectivas do Mapa Estratégico, refinou o conjunto de objetivos estratégicos, clareando proposições e alinhando expectativas em relação aos cenários identificados. Além disso, foi definida a carteira de projetos corporativos para 2015.

PROJETOS CORPORATIVOS

A carteira de projetos corporativos compôs-se em 2014 de 18 projetos relacionados a: inovação; efetividade; sustentabilidade; internacionalização; África, América Latina e Caribe; o BNDES na Região Norte; instrumentos de renda fixa; fontes de financiamento; o BNDES e a indústria financeira; garantias; governança de processos; evolução da gestão; relacionamento externo; aperfeiçoamento do processo de análise de apoio financeiro e adequação organizacional; relatório de gestão; desenvolvimento de carreira; cultura institucional; e gestão estratégica de pessoas.Glossário

Para 2015, estão previstos projetos nos seguintes temas: mudanças climáticas; apoio à média empresa; atuação do BNDES no desenvolvimento territorial; cadeias produtivas; gestão do orçamento operacional; garantias; evolução da gestão; efetividade; públicos relevantes; priorização e alocação de estruturas e pessoas; tecnologia da informação; informação digital; continuidade de negócios; cessão e reincorporação de pessoas; e cultura institucional.

PRÊMIO

O BNDES foi um dos vencedores da 15ª edição do prêmio Palladium Balanced Scorecard Hall of Fame for Executing Strategy, concedido anualmente para empresas de todo o mundo que alcançam resultados de desempenho extraordinários por meio do uso de modelos de gestão da estratégia baseados no Balanced Scorecard. A distinção é concedida pelo Palladium Group, consultoria líder mundial em gestão da estratégia e fundada pelos doutores Robert S. Kaplan e David P. Norton, criadores do Balanced Scorecard. Assim, o Banco passa a integrar o grupo formado por mais de 190 instituições, de mais de trinta países diferentes, reconhecidas mundialmente por sua excelência em gestão da estratégia.

CENÁRIOS BRASIL MUNDO 2030

No ambiente internacional, foram identificados dois cenários alternativos, não probabilísticos, para 2030: o primeiro corresponde a um ambiente no qual as duas nações mais poderosas do planeta nos próximos 15 anos – Estados Unidos e China – logram conciliar seus interesses e formar uma aliança. Com base nessa aliança, exercem uma liderança capaz de estabelecer as regras do jogo nos campos comercial, financeiro, monetário, ambiental, político-militar, entre outros. Essas regras são acatadas pela maioria das nações, criando-se, assim, uma pax sino-americana, que, no plano das relações econômicas internacionais, representa uma espécie de novo acordo de Bretton Woods (datado de 1944, estabeleceu regras para as relações financeiras e comerciais entre os países). A nova divisão internacional do trabalho cria duas possibilidades de inserção para países emergentes: maior especialização em commodities versus diversificação com base na difusão das novas tecnologias de produção.

No segundo cenário internacional, nenhum país ou grupo de países é suficientemente poderoso e influente para exercer um papel hegemônico. Dada a incapacidade coletiva para estabelecer regras para o jogo econômico e político mundial, prevalecem políticas nacionais que se valem de instrumentos não mercantis para tentar defender interesses próprios, os quais se chocam frequentemente e conflitam com o interesse global. Ocorre um retrocesso no processo de globalização e um enfraquecimento dos organismos multilaterais. Há corridas pelo acesso a fontes seguras de matérias-primas, sobretudo por parte dos países asiáticos. Mudanças climáticas provocam relevantes impactos socioeconômicos, ao mesmo tempo em que proliferam conflitos políticos e militares. Na nova divisão do trabalho, existem restrições à difusão de novas tecnologias, que limitam a participação de países emergentes no comércio mundial de produtos manufaturados.

No ambiente nacional, também foram identificados dois cenários alternativos e não probabilísticos para 2030. No primeiro existe um projeto de desenvolvimento claro que permite, simultaneamente: a inserção qualificada na divisão internacional do trabalho; o fortalecimento da capacidade inovadora; e a responsabilidade socioambiental. Pactos políticos, instituições fortes e governança clara possibilitam a implementação desse projeto. No segundo cenário, prevalece uma atuação do governo meramente reativa às demandas políticas internas e ao contexto externo. Disso resultam a inserção passiva na economia internacional e sequências de políticas muitas vezes sobrepostas e possivelmente contraditórias entre si. Predominam a instabilidade política e a volatilidade econômica.

PROMOÇÃO DO

desenvolvimento

Infraestrutura: um setor decisivo

Inovação, socioambiental e regional

Inclusão social e produtiva

Competitividade das empresas brasileiras

Geração de conhecimento

Práticas de gestão e

RELACIONAMENTOS

Práticas de gestão

Relacionamentos

Sustentabilidade

FINANCEIRA

Diversificação e integração de produtos

Estrutura patrimonial

Gestão de riscos e retorno

Desenvolvimento de

COMPETÊNCIAS

Ambiente inovador

Desenvolvimento profissional e pessoal

Gestão estratégica de pessoas

À luz do planejamento estratégico e dos capitais utilizados pelo Banco para a promoção do desenvolvimento sustentável e competitivo, a apresentação, nas próximas páginas, das principais realizações de 2014 foi organizada em quatro partes, conforme destaque acima. Vale observar que a revisão do planejamento para o período 2015-2017 se refletirá na atuação do Banco a partir de 2015, motivo pelo qual, para fins de organização deste relato, foi considerado o planejamento que orientou a atuação do BNDES até 2014.