Avanços em infraestrutura promovem a melhoria da qualidade de vida da população, integram as regiões e aumentam a competitividade e a produtividade de empresas em todas as atividades econômicas, motivo pelo qual esse setor tem recebido apoio expressivo do BNDES.
O apoio à infraestrutura inclui produtos de renda fixa e variável e conta com condições favoráveis de financiamento em relação a prazos e custos financeiros. Além de garantir a viabilidade de projetos de maior risco e complexidade, esse apoio financeiro é decisivo para que os serviços públicos tenham tarifas menores ao entrar em operação.
Com o objetivo de diversificar e integrar produtos financeiros, o BNDES vem estimulando a emissão de debêntures (títulos de crédito emitidos por sociedades anônimas) por projetos do setor. Catorze projetos que tiveram financiamento aprovado no ano apresentam a previsão de emissão de debêntures com compartilhamento de garantias entre o Banco e os debenturistas – isto é, caso a empresa emissora deixe de honrar suas obrigações financeiras com os debenturistas, as garantias do contrato de financiamento que ela firmou com o BNDES podem ser reclamadas por esses credores, mecanismo que dá mais segurança e incentiva a compra de debêntures. Essas emissões possibilitam uma alavancagem financeira adicional de 10% em média. Formase, assim, uma complementaridade entre o financiamento de longo prazo do BNDES e o funding do mercado de capitais.
O BNDES, por meio da subsidiária BNDESPAR, também compra participação em companhias que possam prospectar novos negócios no setor. Além disso, auxilia os governos federal e estaduais na estruturação de concessões à iniciativa privada e de parcerias público-privadas (PPP).
Em 2014, o ciclo de investimentos em energia e logística manteve-se crescente. Em energia, busca-se ampliar a atuação em setores como os de geração (hídrica, eólica, térmica, nuclear e biomassa), transmissão, distribuição e racionalização de energia. Em logística, são apoiadas rodovias, ferrovias, aeroportos, navegação, portos, terminais e armazéns.
Financiamentos em projetos de mobilidade urbana seguem uma tendência de forte crescimento. Ao longo de 2013 e 2014, passaram a contar com o apoio do BNDES importantes sistemas de transporte de alta e média capacidade que contribuem para a melhoria da mobilidade urbana nas principais regiões metropolitanas brasileiras.
Esses investimentos em sistemas de transporte de alta e média capacidade financiados pelo BNDES se inserem em um bloco maior de investimentos liderados pelo PAC Mobilidade e por estados. Esse conjunto de investimentos soma R$ 92 bilhões, de acordo com um levantamento realizado pelo BNDES e apresentado na tabela abaixo, que destaca quais dessas iniciativas estão com financiamento aprovado ou já contam com apoio do Banco.
Em que pesem os financiamentos já efetuados e os investimentos previstos, o segmento de mobilidade urbana demandará investimentos ainda maiores nos próximos anos em face do grande déficit existente. Os investimentos ora mapeados compõem apenas um primeiro ciclo de retomada dos investimentos em mobilidade urbana, sendo insuficientes para cobrir o déficit. Estimativas do BNDES para as 15 maiores regiões metropolitanas brasileiras apontam para uma necessidade de investimentos da ordem de 4% do Produto Interno Bruto (PIB), conforme mostra o gráfico abaixo. Cabe considerar que projetos de investimentos em mobilidade necessitam de um horizonte de planejamento e execução de oito a dez anos. Mais informações a respeito do estudo na publicação BNDES Setorial n° 41, disponível na Biblioteca Digital do BNDES.
2010 | 52,4 bilhões |
2011 | 56,1 bilhões |
2012 | 52,9 bilhões |
2013 | 62,2 bilhões |
2014 | 69,0 bilhões |
Energia, logística e mobilidade urbana foram destaques dos desembolsos de 2014. Além de corresponderem às maiores liberações em infraestrutura no ano, esses três ramos de atividade tiveram expressivas aprovações de novos financiamentos, o que demonstra que o ciclo de investimentos se mantém crescente. Em energia e logística, por exemplo, foram R$ 28,9 bilhões em aprovações para 79 operações, que agregarão 2.534 MW à matriz energética e 2.594 km à rede de rodovias.
* Inclui apenas investimentos em sistemas de transporte de alta e média capacidade.
Aprovado ou contratado empréstimo-ponte
Aprovado financiamento de longo prazo
Contratado financiamento de longo prazo
** Alguns dos outros projetos listados na tabela estão com pedidos de financiamento em avaliação e poderão ou não contar com apoio do Banco futuramente.
UF | Modo | Projeto | Investimento |
---|---|---|---|
BA | Metrô | Linha 1 e 2 - Metro de Salvador e Lauro de Freitas (Implantação) | R$ 4,5 |
CE | BRT | Programa de Transporte Urbano de Fortaleza II | R$ 0,4 |
Metrô | Linha Leste - Metro de Fortaleza (Implantação) | R$ 3,3 | |
DF | BRT | BRT Eixo Sul | R$ 2,2 |
BRT | BRT Eixo Oeste | ||
Metrô | Metrô DF (Expansão) | ||
ES | BRT | Programa Transcol IV - Grande Vitória | R$ 0,2 |
BRT | BRT Grande Vitória (1ª Fase) | R$ 0,7 | |
GO | BRT | BRT Eixo: Norte-Sul | R$ 0,2 |
VLT | Metrô Leve Eixo Anhanguera | R$ 1,4 | |
MG | Metrô | Metrô Belo Horizonte - Complexo da Lagoinha | R$ 3,1 |
PR | Metrô | Linha Azul - Metrô de Curitiba (1ª Etapa) | R$ 4,6 |
RS | Metrô | Metrô de Porto Alegre (1ª fase) | R$ 4,8 |
RJ | BRT | BRT Trans Carioca | R$ 1,3 |
BRT | BRT Transbrasil | R$ 1,5 | |
Metrô | Metrô Linha 4 (Implantação) | R$ 10,2 | |
Monotrilho | Metrô Linha 3 - São Gonçalo/Niterói | R$ 3,8 | |
Trem | Supervia (Programa de Investimentos) | R$ 2,2 | |
VLT | VLT Centro do Rio (Implantação) | R$ 1,5 | |
SP | BRT | Corredor de Onibus | R$ 0,3 |
Metrô | Linha 5 - Metrô SP (Expansão) | R$ 6,0 | |
Metrô | Linha 2 - Metrô SP (Expansão) | R$ 9,5 | |
Metrô | Linha 6 - Metrô SP (Implantação) | R$ 14,4 | |
Monotrilho | Linha 17 - Metrô SP (Implantação) | R$ 3,2 | |
Monotrilho | Linha 18 - Metrô SP (Implantação - 1ª Fase) | R$ 3,5 | |
Monotrilho | Linha 15 - Metrô SP (Expansão) | R$ 5,6 | |
Trem | Linha 8 - CPTM (Modernização) | R$ 0,7 | |
Trem | Aquisição de Trens CPTM | R$ 1,8 | |
VLT | VLT Santos | R$ 0,9 | |
Total | R$ 92 |
Fonte: BNDES
Ano | Investimento histórico | Investimento em curso | Investimento necessário |
---|---|---|---|
1995 - - - | |||
1996 | R$ 610.520.971 | - | - |
1997 | R$ 869.293.166 | - | - |
1998 | R$ 1.317.477.914 | - | - |
1999 | R$ 370.286.472 | - | - |
2000 | R$ 238.647.795 | - | - |
2001 | R$ 416.493.882 | - | - |
2002 | R$ 701.388.939 | - | - |
2003 | R$ 784.338.198 | - | - |
2004 | R$ 1.021.938.282 | - | - |
2005 | R$ 363.442.692 | - | - |
2006 | R$ 810.437.767 | - | - |
2007 | R$ 396.843.374 | - | - |
2008 | R$ 1.213.582.468 | - | - |
2009 | R$ 2.921.186.654 | - | - |
2010 | R$ 1.183.955.343 | - | - |
2011 | R$ 1.569.735.143 | - | - |
2012 | R$ 2.400.939.150 | - | - |
2013 | R$ 5.805.179.038 | - | - |
2014 | - | R$ 8.918.747.113 | - |
2015 | - | R$ 13.479.251.165 | - |
2016 | - | R$ 15.243.243.381 | R$ 2.409.367.029 |
2017 | - | R$ 15.688.998.695 | R$ 4.097.500.797 |
2018 | - | R$ 10.330.768.348 | R$ 10.620.460.763 |
2019 | - | R$ 6.239.340.329 | R$ 15.929.816.812 |
2020 | - | R$ 2.971.389.841 | R$ 20.471.072.735 |
2021 | - | R$ 697.191.000 | R$ 23.471.987.916 |
2022 | - | R$ 242.150.000 | R$ 24.676.273.462 |
2023 | - | - | R$ 25.690.894.589 |
2024 | - | - | R$ 26.156.220.918 |
2025 | - | - | R$ 25.942.998.053 |
2026 | - | - | R$ 25.691.419.243 |
2027 | - | - | R$ 24.635.607.494 |