Resultado de participações societárias


Compreende, basicamente, receita com dividendos e juros sobre capital próprio (JCP) e os resultados com equivalência patrimonial, alienações e derivativos, oriundos, majoritariamente, da carteira da BNDESPAR.

Gráfico mostra resultado de participações societárias. Dividendos e JCP: 4 bilhões e 169 milhões em 2011 e 2 bilhões e 765 milhões em 2012. Equivalência patrimonial: 1 bilhão, 213 milhões em 2011e 142 milhões negativos em 2012. Alienações: 1 bilhão, 731 milhões em 2011e 1 bilhão e 718 milhões em 2012. Provisão para perdas: 126 milhões negativos em 2011 e 1 bilhão e 93 milhões negativos em 2012. Derivativos: 23 milhões negativos em 2011 e 548 milhões negativos em 2012. Outros: 2 milhões negativos em 2011 e 56 milhões negativos em 2012.

O resultado de participações societárias encerrou 2012 em R$ 2.644 milhões, uma queda de 62,0% diante de 2011, percebida em todas as linhas que o compõem, em especial a receita de dividendos e JCP, o resultado de equivalência patrimonial e a despesa com provisão para perdas (impairment). A redução reflete o impacto da situação econômica mundial no desempenho das empresas que compõem a carteira da BNDESPAR.

A receita com dividendos e JCP, formada pela remuneração proveniente dos investimentos em sociedades não coligadas, apresentou queda de 33,7% em 2012. Os investimentos que mais contribuíram para o resultado de 2012 foram Petrobras, Vale, Valepar e Eletrobras, totalizando 74,9% da receita total.

O resultado de equivalência patrimonial, reflexo do desempenho da carteira de coligadas da BNDESPAR, foi negativo em R$ 142 milhões, em 2012, em contrapartida a R$ 1.213 milhões positivos em 2011. Em 2012, os investimentos em coligadas geraram remuneração em dividendos e JCP de R$ 640 milhões, um aumento de 34,7% em relação a 2011.

Do total de R$ 1.093 milhões da despesa com provisão para perdas (impairment) registrada, em 2012, R$ 608 milhões foram oriundos da carteira de coligadas e R$ 485 milhões da carteira de não coligadas.

As principais alienações realizadas, em 2012, estão relacionadas à estruturação do Fundo ETF ICO2, composto por ações de empresas com baixa emissão de carbono, para a qual foram alienados investimentos na Ambev, Vale, Cemig, Bradesco, JBS e Fibria. As alienações de ações da Claro, BRF Brasil Foods, Cesp, Bradesco e Usiminas também se destacaram em 2012.

A decisão de alienar investimentos considera as condições do mercado e a maturação dos investimentos da carteira. Para isso, o BNDES monitora o mercado na busca das melhores oportunidades de preço, volume e momento de venda, pois, em virtude do bom gerenciamento de seu fluxo de caixa, não necessita incorrer em perdas na alienação de investimentos para compor fluxo de caixa.