Operacional Financeiro Contribuição para investimentos fixos
OPERACIONAL

Em 2015, desembolsamos R$ 135,9 bilhões. Na comparação com o ano anterior, houve recuo de 28% nos desembolsos.

O desempenho acompanhou a desaceleração da demanda por novos investimentos e foi influenciado pela política de ajuste fiscal implementada pelo Governo Federal.

Mesmo diante do cenário de retração, mantivemos níveis consistentes de apoio em áreas importantes. Destacamos o crescimento nas liberações para energia elétrica, logística de transporte e economia verde, bem como a sustentação do patamar de desembolso para projetos de inovação e para o Cartão BNDES, exclusivo para micro, pequenas e médias empresas.

MPME: Considerando pessoas físicas e micro, pequenas e médias empresas, ou seja, aquelas que possuem receita operacional bruta anual de até R$ 90 milhões.

Média grande: Empresas que possuem receita operacional bruta anual entre R$ 90 milhões e R$ 300 milhões.

Grande: Empresas que possuem receita operacional bruta anual acima de R$ 300 milhões.

FINANCEIRO

INADIMPLÊNCIA BNDES X SFN

Nossa inadimplência atingiu 0,06% em 31.12.15, patamar ainda inferior ao registrado pelo Sistema Financeiro Nacional (SFN), o que reflete a gestão e a qualidade de nossa carteira, a consistência das políticas operacionais e nosso papel como banco de desenvolvimento. O baixo volume de renegociações, equivalente a 2,1% da carteira de crédito e repasses em 2015, é mais um indicador de nosso criterioso processo de concessão de crédito.

Para fins comparativos, os instrumentos elegíveis ao capital principal estão classificados como passivo com o Tesouro Nacional em todos os exercícios.

Resultado da aplicação de recursos nas carteiras de crédito e repasses e de títulos e valores mobiliários, na carteira líquida de provisão para risco de crédito, deduzida do custo de captação dos passivos financeiros.

O aumento de 39,7% do resultado de intermediação financeira em 2015 decorre, principalmente, do crescimento da carteira média de crédito e da gestão dos recursos de tesouraria.

Importante indicador do papel social, a Demonstração do Valor Adicionado (DVA) apresenta, segundo uma visão global de desempenho, a contribuição da empresa na geração de riqueza para economia na qual está inserida e sua efetiva distribuição entre os empregados, o governo, os agentes financiadores e seus acionistas. A riqueza gerada e distribuída pelo BNDES em 2015 foi de R$ 12,6 bilhões, desempenho 19,4% inferior ao de 2014 em razão, principalmente, da queda do lucro líquido entre os exercícios.

Nosso lucro líquido alcançou R$ 6,2 bilhões em 2015, registrando uma queda de 27,9% em relação ao lucro líquido de R$ 8,6 bilhões apurado no ano anterior. Essa variação decorreu do resultado de participações societárias, menor em R$ 8,3 bilhões em relação a 2014, parcialmente compensado pelo crescimento do resultado de intermediação financeira, que passou de R$ 13,4 bilhões em 2014 para R$ 18,7 bilhões em 2015.

Em 2015, o retorno de nossas operações seguiu sendo a principal fonte de recursos para a execução do orçamento de desembolsos.

Resultado de intermediação financeira Riqueza gerada e distribuída Resultado das participações societárias

Resultado de equivalência patrimonial, receita de dividendos e juros sobre capital próprio; de alienação de participações societárias; e com derivativos de renda variável, despesa com impairment e variação no valor das cotas de fundos de investimento em participações. RENDA VARIÁVELOperações financeiras que utilizam valores mobiliários, nas quais a remuneração não é conhecida no momento da aplicação.IMPAIRMENTPerda decorrente da redução no valor recuperável do ativo.FUNDOS DE INVESTIMENTOEstruturas societárias constituídas sob a forma de condomínios fechados, que têm por objetivo promover a aplicação coletiva dos recursos de seus participantes a partir da emissão de cotas representativas de seu patrimônio. Tais estruturas reúnem as aplicações de vários indivíduos e as utilizam para o investimento em valores mobiliários, normalmente participações acionárias em empresas.

O desempenho das companhias do segmento de commodities contribuiu para o aumento de R$ 6,9 bilhões da despesa com impairment e para a queda de R$ 2,7 bilhões na receita com dividendos e juros sobre capital próprio, culminando na redução do resultado de participações societárias em 2015.

CONTRIBUIÇÃO PARA INVESTIMENTOS FIXOS

Além do acompanhamento rotineiro dos projetos apoiados e de nosso desempenho operacional e financeiro, estamos aperfeiçoando o monitoramento e a avaliação da eficácia e da efetividade de nossas ações para o desenvolvimento do país.

As estatísticas usuais de crédito do Banco Central do Brasil referem-se à evolução da carteira de empréstimos dos bancos, sendo adequadas em comparações com o estoque de capital da economia, mas não ao investimento. Como nossos financiamentos são de longo prazo e uma parcela deles em moedas estrangeiras, frequentemente a dívida dos tomadores de recursos continua aumentando, por conta dos juros da operação e do prazo de carência ou da variação cambial, mesmo quando seus investimentos estão finalizados. Esse comportamento pode levar à interpretação de que os investimentos caem quando os financiamentos concedidos aumentam, mas o que está aumentando, na realidade, é a dívida.

Para analisar nossa contribuição aos investimentos na economia, portanto, é necessário relacioná-los aos nossos desembolsos, uma vez que ambos constituem medidas de fluxo. Do total de desembolsos, foram selecionados valores referentes a ativos fixos, em que se destacam aplicações em construção civil, compra de máquinas e equipamentos e de material de transporte. Em relação ao total de investimentos no país (Formação Bruta de Capital Fixo – FBCF, que inclui itens não financiáveis pelo BNDES), a participação dos desembolsos é relevante: em média, 10% no período de 2007 a 2015.

Nosso poder de indução de investimentos e efeitos na economia varia dependendo do tipo de projeto, setor, empresa apoiada e instrumento financeiro utilizado., Pportanto, cabe às avaliações de efetividade a tarefa de analisar com profundidade e rigor técnico os resultados alcançados que podem ser atribuídos à nossa atuação. Diante disso, estamos realizando esforços para identificar com maior precisão nossos impactos sobre a economia, não somente sobre os investimentos em si, mas também sobre os benefícios sociais gerados a partir deles, de modo a aprender com os resultados obtidos e aperfeiçoar nossos instrumentos de apoio.

OPERACIONAL
FINANCEIRO Resultado de intermediação financeira Riqueza gerada e distribuída Resultado das participações societárias

CONTRIBUIÇÃO PARA INVESTIMENTOS FIXOS