BNDES aprova financiamento de R$ 50 milhões para o Magazine Luiza
· Programa Computador para Todos já propiciou a venda de 131 mil máquinas
· Em cinco meses, pedidos ultrapassam mais da metade do orçamento do programa
A diretoria do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou financiamento de R$ 50 milhões para o Magazine Luiza S/A, para propiciar a aquisição de 40 mil microcomputadores, que serão revendidos em condições facilitadas, nas bases do programa Computador para Todos, lançado pelo governo federal.
Trata-se da segunda operação direta do BNDES para aquisição e revenda de PCs pela rede do Magazine Luiza, que tem cerca de 350 lojas, espalhadas por sete Estados e 250 municípios. No primeiro financiamento, a empresa recebeu crédito de R$ 30 milhões, que lhe possibilitou revender cerca de 23 mil computadores populares.
Financiamentos - O programa Computador para Todos atingiu em julho a marca de R$ 158 milhões de financiamentos do BNDES, possibilitando que a rede de varejo adquirisse 131 mil unidades para revenda à população. Com isso, o programa ultrapassou metade do orçamento previsto, de R$ 300 milhões, em apenas cinco meses de operação.
Além do Magazine Luiza, já foram aprovados outros 20 pedidos de financiamento, no valor médio de R$ 4 milhões, tendo como beneficiários o Ponto Frio, Pão de Açúcar, Condor Super Center, Americanas.com, Eletrosom, Eletro Dom Pedro, TV Sky Shop e Submarino.com, entre outros.
O programa Computador para Todos abrange apenas equipamentos produzidos em indústrias credenciadas simultaneamente no BNDES e no Ministério de Ciência e Tecnologia (MCT). No caso do Magazine Luiza, a empresa já vem negociando a aquisição de microcomputadores com os fabricantes Positivo Informática, Epcom Eletrônica e Digibras, cujos produtos estão devidamente credenciados.
Acesso - O programa foi criado pelo governo federal no ano passado para aumentar o acesso da população à computação e à internet, a preços mais acessíveis. Os equipamentos devem obedecer às especificações e características técnicas definidas no programa. A configuração mínima exigida inclui, entre outras coisas, processador Celeron 370 ou 478, memória de 128 Kbytes, monitor de 15 polegadas, HD de 40 Gigabytes, placa de fax modem 56 Kbps.
O objetivo do programa é de que as vendas atinjam sete milhões de PCs nos próximos três anos, sendo cinco milhões para famílias e dois milhões para micros, pequenas e médias empresas. Outro efeito positivo, previsto no programa, é a redução das vendas realizadas no mercado informal de microcomputadores. Pesquisas recentes apontam que dos três milhões de PCs comercializados no Brasil, anualmente, cerca de 80% ocorreriam no chamado “mercado cinza”, que utiliza peças contrabandeadas ou vendidas irregularmente.
Incentivo - Para enfrentar o problema, em 2005 o governo enviou ao Congresso uma medida provisória, que se transformou na Lei 11.196 e isentou da cobrança de PIS e Cofins os microcomputadores com preço de varejo inferior a R$ 2,5 mil. Na mesma época,o BNDES lançou o programa de financiamento às redes varejistas. O resultado foi auspicioso. Em apenas seis meses, estima-se que o “mercado cinza” já esteja reduzido a 50% das vendas.
Como os microcomputadores serão vendidos a um preço máximo de R$ 1,4 mil, nas vendas à vista, enquanto nas operações a prazo terão taxa de juros máxima de 3% ao mês, a previsão é de que cada vez mais consumidores optem por adquirir equipamentos do Programa Computador para Todos, com certificado de garantia e nota fiscal.