BNDES e MCTIC lançam Estudo Nacional de Internet das Coisas (IoT)
Documento, que subsidiará a elaboração do Plano Nacional de IoT, foi lançado nesta terça, 3, no auditório Brasil do FutureCom, em São Paulo Estudo contempla mais de 70 iniciativas para inovação, capital humano, ambiente regulatório e conectividade Ênfase será dada às áreas de saúde, cidades inteligentes, indústria e rural
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e o Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) lançaram nesta terça-feira, 3, os resultados do estudo Internet das Coisas: um plano de ação para o Brasil, que subsidiará a elaboração do Plano Nacional de IoT ( IoT, do inglês internet of things).
O lançamento aconteceu no Auditório Brasil do Futurecom 2017, maior evento de tecnologia da informação e comunicação da América Latina, que acontece em São Paulo até a quinta, 5. “O Brasil precisa estar à frente no cenário de IoT. O BNDES é a instituição ativa para pôr o plano em marcha”, afirmou o diretor de Planejamento, Pesquisa e Tecnologia da Informação do Banco, Carlos Da Costa, que representou a instituição no lançamento.
O Estudo lançado hoje reúne mais de 70 proposições para guiar as políticas públicas e ações para internet das coisas entre 2018 e 2022, incluindo propostas focadas nos ambientes mapeados como prioritários: saúde, cidades inteligentes (smart cities), indústria e rural. “É hora de materializar e entregar à sociedade os resultados do estudo”, disse o diretor.
Da Costa ressaltou que o plano é uma oportunidade para o Banco atuar como indutor e apoiador das iniciativas previstas, como também rever e aperfeiçoar seus instrumentos de apoio à inovação. “O investimento em inovação é estratégico para o BNDES, por isso capitaneamos esse estudo junto ao MCTIC”, complementou.
O potencial de impacto e relevância de IoT para o País pode ser evidenciado nas propostas do estudo, como apoiar projetos pilotos nesses ambientes priorizados. São exemplos iniciativas como “Hospital 4.0”, que reduzem filas de atendimento, custos de operação e infecção hospitalar, entre outros indicadores. Na área rural, destaque para as iniciativas como a “Fazenda Tropical 4.0”, que aumentam a produtividade e a qualidade da produção rural brasileira com o uso de dados, que, por exemplo, ajudam a monitorar com precisão os ativos biológicos.
Na área de indústria, a implementação de IoT nas pequenas e médias empresas permite aumentar a produtividade da manufatura local por meio de processos fabris mais eficientes e flexíveis, de integração das cadeias produtivas, e do desenho de produtos e modelos de negócios de maior valor agregado.
Agenda mobilizadora – O estudo revela, ainda, a necessidade de se aumentar a oferta e qualidade de cursos técnicos, profissionalizantes e de extensão voltados a competências básicas de Internet das Coisas, como também o incentivo à adoção da IoT por meio de financiamento de estudos e projetos pilotos que comprovem benefícios significativos na adoção de tais tecnologias. Outro viés apontado é a importância da implementação de um marco regulatório, com aprimoramento dos aspectos legais e institucionais, para lidar com os crescentes riscos à segurança da informação.
Redes de inovação temáticas, segundo o documento, também serão criadas para que grandes empresas, startups e centros de pesquisa possam gerar cada vez mais projetos exequíveis ao mercado, com a combinação de funding público e privado. Da Costa considera que a internet das coisas é uma agenda mobilizadora perfeita para acelerar a absorção dos ganhos que as tecnologias podem trazer para o País. "Entregaremos o mais rapidamente possível ganhos nos ambientes de cidades, saúde, rural e indústria para a sociedade”, disse.
Estudo Nacional de IoT – Selecionado ano passado por chamada pública do BNDES, o consórcio McKinsey/Fundação CPqD/Pereira Neto Macedo conduziu o estudo Internet das Coisas: um plano de ação para o Brasil. A primeira fase do trabalho, concluída em março, foi de diagnóstico, para obter uma visão geral do impacto da IoT no Brasil, entender as competências nacionais de tecnologia da informação e comunicação e definir as aspirações iniciais para IoT no País.
A segunda etapa, de seleção e priorização das temáticas verticais e horizontais, terminou em maio. Em setembro, foi finalizada a terceira e última fase dos trabalhos, que resultou na elaboração da visão e do plano de ação para o período de 2018 a 2022. A quarta e última etapa, de suporte à implementação, é voltada à elaboração e implantação do Plano de Ação.
O estudo já está disponível no site do BNDES.
Veja aqui a apresentação feita pelo diretor Carlos Da Costa: https://goo.gl/aaLPMY