Discurso de posse do presidente Gustavo Montezano
Leia abaixo, na íntegra, o discurso do presidente Gustavo Montezano:
"Bom dia,
Queria iniciar esse discurso fazendo um agradecimento à minha família, que está hoje aqui representada pela minha esposa Livia, minha mãe Rogéria e minha filha mais velha Maria Carolina. Família é um pilar fundamental nas nossas vidas, e tenho certeza que eles serão ainda mais importantes nessa jornada que se inicia hoje. Então, em nome deles, queria agradecer a todos os meus familiares, que estão sempre ao meu lado. Em seguida, queria agradecer ao presidente Jair Bolsonaro e ao ministro Paulo Guedes, pela confiança que depositaram em mim e por terem me dado à honra e o privilégio de conduzir uma das maiores instituições de desenvolvimento do mundo.
Agradecer a presença das demais autoridades e, em especial, da atual diretoria do BNDES, que tem sido extremamente patriota, cooperativa e profissional nessa fase de transição de Banco. Um momento de transição de gestão é sempre um momento complicado para qualquer empresa, então, ficam aqui meus votos de agradecimento aos profissionais.
Eu gostaria de começar essa narrativa contando quando esse dia começou. A história de como eu e minha família chegamos até aqui. Morávamos em Londres, na Inglaterra, já há alguns anos; tínhamos uma vida bem estabelecida, [eu] estava com uma carreira profissional superbem sucedida e lembro como se fosse ontem, novembro de 2017, quando li nos jornais a notícia de que o então economista Paulo Guedes, seria o possível Ministro da Fazenda do, então candidato a presidente, Jair Bolsonaro. Após aquela notícia, passei noites a fio sem dormir, noites a fio conversando com a minha esposa que aquele evento ia mudar a vida do país e também as nossas vidas.
Queria contar para vocês a lógica que pensamos, notamos que ia sair um trem da história que ia mudar a vida do país para sempre, e a gente concluiu que não podia perder nossa vaga nesse trem. Tendo passado toda minha vida profissional na iniciativa privada, no momento atual, na gestão moderna, [sei que] três fatores permeiam a discussão de qualquer gestão empresarial/estratégia de empresa, e foi assim que a gente embasou nossa decisão: disrupção, revolução tecnológica e propósito. Vou falar sobre o primeiro, a disrupção, que a eleição de um deputado à margem do poder político, sem partido, sem dinheiro seria uma disrupção clara e transformaria para sempre a vida desse país. Quando, senhoras e senhores, quando imaginamos que a gente teria pessoas, a população nas ruas, pedindo uma reforma da previdência, pedindo para cortarem seus benefícios em prol de um país melhor. Essa disrupção política, essa nova forma de ver o Brasil, abriria espaço para as pessoas sem vida pública, pessoas com uma mentalidade nova, pessoas com uma mentalidade diferente.
Sobre a revolução tecnológica: esse movimento está varrendo, mudando completamente as estruturas empresariais em vigor. E esse movimento de revolução tecnológica está apenas começando no setor público. Dentro de 5, 10, 20 anos a forma do governo interagir com o cidadão, a forma da sociedade fiscalizar a atuação do governo, a forma do organismo estatal oferecer o serviço à população não será como hoje. E nesse ambiente, pessoas jovens, pessoas com uma cabeça diferente, com uma visão moderna de mundo, terão muito a contribuir.
E por fim, o propósito, o sonho de qualquer gestor de recursos humanos da sua empresa hoje é associar a sua missão empresarial a algum sentido de propósito, algum sentido que dê àquela atividade, aquele negócio, algo mais que o simples lucro. Tentar motivar seus funcionários com base na lucratividade não funciona mais. É preciso sempre que as pessoas, que os colaboradores, entendam como aquela empresa muda a vida das pessoas, como vai mudar a sociedade. E eu sei que pode parecer redundante, pode parecer óbvio, mas a gente precisa lembrar todos os dias: se tem um setor da economia, um setor da sociedade em que o propósito é o marco principal da sua estratégia, [em que] a gente acorda todo dia pensando no bem do cidadão, [em] como melhorar a vida das pessoas, esse setor é o governo. Nós estamos aqui pelo propósito.
E por esses três fatores, concluímos, eu e minha esposa, que era hora de voltar para o Brasil e dar a nossa parte da nossa contribuição, por um país melhor."