Exposição "Morro da Favela à Providência de Canudos"
De 24 de maio a 14 de julho
De segunda a sexta, exceto feriados, das 10h às 19h
Visitas guiadas de segunda a sexta, exceto feriados, às 12h30; quartas e quintas às 18h15
Dia 23 de junho, às 17h30
Bate-papo com o fotógrafo Maurício Hora, o historiador Luiz Carlos Torres e a antropóloga Flávia Carolina da Costa sobre o legado de Canudos para a formação da primeira favela do Brasil.
Dia 5 de julho, às 17h30
Bate-papo com o fotógrafo Maurício Hora, os geógrafos Júlia Andrade e Rafael Almeida e a assistente social Mônica Alencar sobre o registro fotográfico de Canudos e da Providência.
Marcando 120 anos de ocupação do Morro da Providência, a Galeria BNDES abre ao público, em 24 de maio, a exposição “Morro da Favela à Providência de Canudos”, com fotografias de Maurício Hora sobre a origem da primeira favela do Brasil. A mostra tem curadoria de Bruna Azevêdo e revela o olhar de Maurício, fotógrafo autodidata nascido e criado na Providência, sobre a ligação entre o sertão de Canudos e a paisagem da favela.
A formação do Morro da Favela, atual Morro da Providência, teve início no fim de 1897, com o retorno de ex-combatentes da Guerra de Canudos ao Rio de Janeiro. Sem o apoio esperado do governo, começaram a improvisar alojamentos na encosta do morro localizado nos arredores do Saco dos Alferes. Ali, iniciaram o povoamento da “Favela” – uma referência ao arbusto Cnidoscolusquercifloius, muito comum no sertão baiano e que se proliferava no morro de mesmo nome existente em Canudos.
Movido pelo desejo de recuperar as memórias da origem da Providência, Maurício começou a desenvolver este projeto em 2013, quando dois acontecimentos fizeram com que as histórias de Canudos e do Morro da Providência se entrelaçassem novamente. De um lado, a seca rigorosa no sertão baiano que fez reduzir o nível de água do açude construído sobre o antigo vilarejo de Canudos, trazendo à tona as ruínas do cenário da guerra; de outro lado, as obras de revitalização da Zona Portuária carioca, que rasgaram as ruas e o cotidiano da favela e dos bairros em seu entorno, tornando ainda mais vulnerável a vida por ali. No olhar do fotógrafo, esses acontecimentos expuseram semelhanças entre os dois lugares, além da geografia.
Na exposição, as fotografias são divididas em quatro temas centrais – ruínas/obras, paisagens, pessoas e conexões – que se repetem ao longo de duas sessões: uma sobre Canudos e outra sobre a Providência (Morro da Favela). As imagens dispostas entre elementos cenográficos que aludem aos dois ambientes retratam pessoas comuns em suas rotinas; os aspectos da seca e da vida no sertão baiano contrapostos à realidade da favela carioca urbana. Além de fotos, o público pode conferir entrevistas com moradores de Canudos e da Providência.
Espaço Cultural BNDES
Av, Chile, 100 - Centro
Próximo ao metrô Carioca