Livro verde: um balanço da atuação do BNDES entre 2001 e 2016
Com o objetivo de prestar contas à sociedade brasileira, o Livro verde: nossa história tal como ela é faz um balanço integrado e abrangente da atuação do BNDES no período de 2001 a 2016.
Lançada em julho de 2017, em sua versão preliminar, a publicação ganha agora sua forma final, em uma edição de mais de 300 páginas, composta por boxes, infográficos, tabelas e gráficos que buscam explicar de forma clara e objetiva temas como os empréstimos do Tesouro Nacional e os apoios à JBS, às exportações de serviços e ao “Grupo X”.
Veja aqui a entrevista do presidente Paulo Rabello de Castro à rádio Jovem Pan, no lançamento da versão preliminar do livro.
O balanço dos 16 anos é dividido em cinco capítulos, que trazem informações sobre a forma de atuar do Banco, seu desempenho, suas fontes de financiamento e sua gestão de risco, crédito e conformidade, além de questões setoriais, como o apoio à infraestrutura, à exportação, ao mercado de capitais, ao desenvolvimento tecnológico, à temática socioambiental, e também uma visão territorial da presença do Banco no país. Por último, dois apêndices contam a história resumida da instituição desde 1952, ano em que foi criada, apresentando casos de sucesso e a lista dos maiores clientes.
Espera-se, dessa forma, prover o leitor de informações e dados fundamentais para uma avaliação do desempenho do BNDES e para uma ampliação do debate qualificado sobre a atuação do Banco nesses últimos anos.
Leia abaixo um trecho da mensagem do presidente, que introduz o livro:
Tal fomento, contudo, não é uma dádiva – alguém sempre paga pela ação do Estado. O fomento ao desenvolvimento do país implica um custo social relevante – e o Banco sabe disso desde que foi fundado, por iniciativa do presidente Getúlio Vargas, em 1952. Naquela época, os fundos com que o então BNDE passou a contar provinham, basicamente, de uma alíquota adicional de cobrança sobre o Imposto de Renda. Era, portanto, mediante notável esforço tributário da nação que, nas décadas pujantes de 1950 a 1970, se modernizaram portos e ferrovias e se financiaram novas estradas de rodagem e usinas de geração hidrelétrica, siderúrgicas, cimenteiras, petroquímicas, a construção de navios e aeronaves e tantas outras iniciativas de grande calibre.
(...) Nunca pairou dúvida, até período bem recente, no sentimento da opinião pública e das lideranças nacionais, sobre se o esforço do país em financiar com tributos um banco de fomento como o BNDES teria ou não valido a pena. A novidade é que esta dúvida surge agora, por certo em boa hora, com a qual se introduziu na sociedade um amplo debate sobre “onde”, “como” e “quanto” deve o país empregar sua poupança tributária na promoção do maior crescimento e da melhor distribuição social. Esta é a questão colocada aqui: como deve ser nosso BNDES no futuro e como deve retornar o que aplica em benefício líquido para o maior número de cidadãos e, por óbvio, sempre na razão inversa das oportunidades e vantagens iniciais já detidas por cada um na sociedade. O BNDES vê com muitos bons olhos essa discussão, tal como posta sobre a mesa dos brasileiros. O Livro verde é uma singela contribuição para tornar esse debate o mais amplo e bem-informado possível, sem a inconveniente repetição de fantasias ou “pós-verdades” sobre as atividades do Banco, que não servem senão para poluir a cristalina história de uma instituição vencedora.