23 de outubro de 2006
BNDES financia com R$ 80 milhões central hidrelétrica do grupo Engevix
· Investimento total do projeto chegará a R$ 108 milhões
· De 2003 para cá, BNDES já financiou R$ 22 bilhões para energia
· Construção da usina criará cerca de 2 mil empregos
A diretoria do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou financiamento de R$ 80 milhões à empresa Santa Rosa S/A, para implantação de uma pequena central hidrelétrica nos municípios de Bom Jardim e Cordeiro, no Estado do Rio de Janeiro, com potência de 30 MW, e uma linha de transmissão de 69 kV, com seis km de extensão.
A operação de crédito foi aprovada no âmbito do Programa de Apoio Financeiro a Investimentos em Fontes Alternativas de Energia Elétrica (Proinfa), que incentiva também projetos de energia eólica, biogás ou biomassa.
O projeto total prevê investimentos de R$ 108 milhões e a empresa Santa Rosa S/A aplicará R$ 28 milhões com recursos próprios. Está prevista a criação de 500 empregos diretos e 1,5 mil indiretos na fase de construção, e 12 empregos diretos e 30 indiretos na fase de operação da usina.
Financiamentos - Com essa operação, de 2003 até agora, o BNDES chega ao total de R$ 22 bilhões em 97 financiamentos aprovados para o setor de energia elétrica, incluindo linhas de transmissão e outros investimentos em distribuição. Para pequenas centrais hidrelétricas, os créditos aprovados atingem R$ 2,6 bilhões, no mesmo período. Para outras fontes alternativas (eólica e biomassa), foram aprovados mais R$ 1,8 bilhão.
Além desses R$ 22 bilhões, estão enquadrados este ano outros 50 projetos de financiamentos para energia, no total de R$ 14,5 bilhões.
A Santa Rosa S/A é uma Sociedade de Propósito Específico (SPE), criada pelo grupo Engevix para construir e explorar comercialmente a central hidrelétrica, denominada SantaRosa II.
Histórico - O grupo Engevix atua desde 1965 na prestação de serviços de engenharia, projeto, gerenciamento e fiscalização de obras nos setores de energia elétrica, gás, petróleo, siderurgia, abastecimento de água, irrigação, saneamento e meio ambiente.
O grupo participou de importantes projetos no Brasil, como as hidrelétricas de Itaipu, Tucuruí, Capivara e Volta Grande, entre outras; a usina nuclear Angra II; os metrôs do Rio e São Paulo; a ferrovia e as oficinas de Carajás; a expansão das siderúrgicas Cosipa, Usiminas, Açominas e Tubarão; e a rodovia dos Bandeirantes.
A empresa já realizou também diversos trabalhos no exterior, com destaque para os projetos do metrô de Bagdá (Iraque), da usina hidrelétrica de Palmar (Uruguai), da despoluição dos rios Matanza e Riachuelo (Argentina) e da transposição dos rios Vhone e Portoviejo (Equador).
Nos últimos anos, o grupo Engevix tem investido também no setor energético, criando ou participando de várias SPEs para construir e explorar pequenas centrais hidrelétricas e empresas de transmissão na região Sul.
Proinfa - Financiado pelo BNDES, o Programa de Apoio Financeiro a Investimentos em Fontes Alternativas de Energia Elétrica (Proinfa) foi criado pelo Ministério de Minas e Energia. O objetivo é diversificar a matriz energética brasileira e ampliar sua capacidade em 3,3 mil MW, com geração a partir de três fontes alternativas: pequenas centrais hidrelétricas, energia eólica e biomassa (bagaço de cana, casca de arroz, resíduo de madeira e gás de aterros sanitários).
O programa prevê que a Eletrobrás adquira a energia disponível para comercialização, em contratos válidos por 20 anos, com preços diferenciados para cada tipo de fonte alternativa, mediante cálculos de retorno dos respectivos investimentos.